Existem muitas opções de investimentos disponíveis no mercado financeiro. Entre os diversos tipos de aplicações, podemos destacar duas modalidades: renda fixa e renda variável.
Renda Fixa
É o tipo de investimento onde os riscos são menores e o retorno é relativamente certo, geralmente baseado no recebimento de juros. Esta modalidade de investimento pode estar atrelada a taxas de juros pré-fixadas ou pós-fixadas. As taxas pré-fixadas são previamente definidas (por exemplo, juros de 12% ao ano), enquanto as pós-fixadas são determinadas pelas taxas de juro praticadas no mercado (geralmente seguem as taxas praticadas nas operações interbancárias - DI).
Renda Variável
É o tipo de investimento cuja rentabilidade não pode ser determinada na data da realização do investimento. Uma aplicação é considerada renda variável quando o rendimento desta aplicação é pouco previsível, pois está sujeito a grandes variações de acordo com o mercado. Os investidores muitas vezes optam por aplicações desta natureza buscando rentabilidades mais altas, o que so é possível obter assumindo maiores riscos.
Investimentos em Renda Fixa
Caderneta de Poupança: Aplicação tradicional e conservadora de investimento, cuja rentabilidade é definida pela variação da Taxa Referencial de Juros (TR) mais juros de 6% ao ano. A Caderneta de Poupança tem proporcionado a menor rentabilidade histórica entre todas as opções de investimento em renda fixa. O dinheiro aplicado na poupança é utilizado no financiamento de imóveis, cujos empréstimos rendem juros relativamente baixos. A Caderneta de Poupança é isenta de imposto de renda.
CDBs (Certificados de Depósito Bancário): São títulos de crédito emitidos pelos bancos, que pagam ao investidor uma taxa de juros prefixada ou pós-fixada, por um prazo determinado, que pode variar de 30 dias a 2 anos. Os bancos utilizam estes recursos para conceder empréstimos. As taxas de juros pagas por estes papéis variam de banco para banco, conforme a percepção de risco em relação ao banco emissor. Bancos com problemas financeiros certamente são obrigados a paga taxas mais elevadas para compensar o risco da aplicação.
Títulos Públicos: São papéis geralmente emitidos pelo Governo Federal, de risco extremamente baixo, e rendimentos diferenciados. A melhor forma de investir nestes títulos é através de Fundos de Investimento em Renda Fixa, já que estes títulos são emitidos através de ofertas públicas das quais participam somente instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central.
Debêntures: São títulos privados, emitidos por empresas que buscam recursos no mercado, ao invés de recorrer a empréstimos bancários. São papéis de longo prazo e pagam juros aos investidores, embora não tenham nenhum tipo de garantia. Os juros pagos por estes papéis dependem, basicamente, da percepção de risco em relação empresas emissoras. Empresas em dificuldades financeiras tendem a pagar taxas mais altas pela emissão de debêntures.
As debêntures podem ser simples ou conversíveis em ações.
As debêntures simples são papéis de renda fixa tradicionais, que os juros estabelecidos e são resgatados na data do vencimento.
As debêntures conversíveis em ações podem funcionar como debêntures simples, caso sejam resgatadas ao final do prazo estabelecido, ou ainda como um título de renda fixa e variável. Neste caso, funcionaria como um título de renda fixa, pagando juros até a data de vencimento, podendo ser convertidas em ações da empresa, após o vencimento, quando se tornaria um título de renda variável.
Fundos de Renda Fixa: Fundos são uma espécie de "consórcio" entre investidores para alocação de recursos no mercado financeiro. Estes Fundos de Investimento Financeiro (FIFs) são administrados por um gestor ligado a uma instituição financeira, que por sua vez, é responsável pela alocação dos recursos dos cotistas, ou melhor, dos investidores que adquiriram cotas do fundo. Os Fundos de Renda Fixa, sejam eles pré ou pós fixados, alocam os recursos dos cotistas, fundamentalmente, em aplicações de renda fixa variadas (CDBs, debêntures, títulos públicos, etc.). Os Fundos de Renda Fixa pós-fixados são atualmente as aplicações mais populares e seguras de investimento.
Investimentos em Renda Variável
Ações: São títulos nominativos negociáveis, que representam uma fração do capital social de uma empresa. As empresas emitem ações visando captar recursos para seus investimentos. O investidor não tem nenhuma garantia ou retorno garantido sobre seus investimentos em ações. O preço de uma ação sobe ou desce em função da percepção do mercado em relação às perspectivas futuras da empresa. Trata-se de uma aplicação de risco.
Derivativos: São operações relativamente sofisticadas, que "derivam" dos ativos negociados no mercado à vista. Contratos futuros e opções de ativos como ações, dólar, juros e commodities agrícolas são exemplos de operações com opções. Este tipo de investimento está acessível ao investidor individual através de Fundos de Investimento.
Opções: Opções são contratos negociados em Bolsa de Valores, que concedem a seu titular o direito de negociar algo em certa data por determinado preço. Vale salientar que o titular de uma opção tem o direito de comprar ou vender; esse direito, porém, não precisa ser exercido. Uma Opção de Compra garante ao seu titular o direito de comprar um ativo até determinada data por certo preço. Uma Opção de Venda garante ao seu titular o direito de vender um ativo em determinada data por certo preço.
Fundos de Ações: São fundos cuja carteira seja composta por mais de 51% em ações. Existem vários tipos de Fundos de Ações como os indexados ao Índice Bovespa, ou ainda os setoriais.
Fundos Multicarteira: carteiras administradas compostas por aplicações de renda fixa e variável. Conforme a proporção dos ativos alocados em seu portifólio, podem ser mais conservadores ou agressivos.
Fundos de Derivativos: São fundos que operam em diversos mercados e têm contratos futuros e opções em sua carteira. Geralmente, são fundos bastante agressivos, e de alto risco. Também conhecidos como Hedge Funds.
Dólar: Opção de investimento geralmente utilizada como proteção do capital contra desvalorizações da moeda, embora possa apresentar rentabilidade negativa em períodos onde haja queda nas cotações da moeda americana em relação ao real. Os Fundo Cambiais são as opções mais acessíveis para investir em dólar.
Ouro: Sinônimo de reserva de valor, o ativo tem despertado cada vez menos interesse dos investidores, principalmente na última década.
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